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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Planejamento Estratégico e Sobrevivência Empresarial

O planejamento revela-se de vital importância para a sobrevivência empresarial conforme pesquisas realizadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) (2007) que revelou um aumento da expectativa de vida das empresas quando os empresários passaram a se dedicar mais ao planejamento. Além deste fato o dinamismo do mercado tem levado as Organizações
a aperfeiçoarem-se continuamente, através das práticas e das estratégias. O Planejamento Estratégico – PE através de estudos minuciosos das potencialidades e fragilidades internas, projeta as empresas quanto aos objetivos e metas que devem ser cuidadosamente executados.

Uma empresa competitiva tem como diferencial o planejamento de suas atividades, conhece o mercado, seus concorrentes e está sempre imaginando os mais diversos cenários e suas complexidades de modo que se prepara diante de qualquer eventualidade.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) (2007) “o planejamento nas empresas passou a ser preocupação de 71% dos empresários em 2005 contra apenas 24% em 2000/2002” e neste mesmo período “O percentual de pequenas empresas que sobrevivem pelo menos dois anos passou de 51% em 2002 para 78% em 2005, ou seja, 27% a mais de empresas que não fecharam suas portas.” Revela-se desta maneira a importância do Planejamento para a sobrevivência empresarial, pois através dele, é possível perceber as ameaças que podem vir a se tornar oportunidades e de se preparar novas formas de se pensar e fazer novos produtos, explorar novos mercados e de se fazer negócio, apresentando sempre novas soluções.
Há no Brasil uma realidade de altas taxas tributárias e um cenário econômico de instabilidade, com altas taxas de juros e mudanças constantes nas políticas econômicas o que colabora para que as empresas tenham uma baixa expectativa de vida. Porém como podemos notar o que mais causa a mortalidade empresarial é a falta de planejamento e conhecimento dos sócios e gestores, não havendo uma visão clara dos objetivos e da oportunidade que está sendo explorada nem realizando comparações para acompanhar a execução dos planos e da realização ou não dos objetivos da empresa.
Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 33):

O planejamento encoraja a administração a pensar sistematicamente no que está acontecendo e no que acontecerá. Ele força a empresa a definir melhor seus objetivos e políticas, leva a uma melhor coordenação de seus esforços e oferece padrões de desempenho mais claros para o controle.

Toda empresa deve ter consciência que são as ações de hoje que definirão o seu futuro e que a clara definição dos seus objetivos contribuirá para a manutenção de suas ações, tendo um padrão de desempenho claro a ser perseguido.

Maximiano (2002, p. 106) assevera que “Planejar é um processo de tomar decisões que têm como o resultado a preparação de planos. Planejar é o processo decisório; os planos são os resultados.”

Um processo de tomar decisões, realizar escolhas, com base nos recursos disponíveis, nas informações conhecidas e com base nestes recursos e informações preparar planos como resultado de um processo essencial para qualquer negócio, o planejamento, indispensável para que a organização possa se adaptar ao ambiente externo, que está em permanente mutação.

Segundo Maximiano (2004, p. 153), “dependendo da abrangência e do impacto que têm sobre a organização, os planos podem ser classificados em três níveis principais: estratégicos, funcionais e operacionais”.

Observando as definições de planejamento, planos e níveis de planejamento apresentadas.

Apresenta-se a seguir a conceituação de estratégia:
Ansoff (apud OLIVEIRA, 2012, p. 193), afirma que “estratégia significa as regras e diretrizes para a decisão, que orientam o processo de desenvolvimento de uma empresa”.
A sobrevivência empresarial, no ambiente de incertezas atual, está ligada às definições claras de seus objetivos e a antecipação das possíveis ações a serem realizadas para atingi-los.
Conforme Drucker (2002, p. 47), “Quando a empresa traça objetivos e metas, e busca alcançá-los, ela tem claramente definido porque ela existe, o que e como faz, e onde quer chegar”.
A elaboração e correta aplicação de uma estratégia adequada aos objetivos pode proporcionar a organização ótimos resultados sendo o processo de implantação e desenvolvimento das estratégias extremamente relevante na vida das organizações contemporâneas, pelo fato de traçar e controlar os caminhos a serem seguidos pela organização.

Conceitua-se a seguir o Planejamento Estratégico (PE):
Maximiano (2006, p. 231) apresenta o planejamento estratégico, como o processo de elaborar a estratégia – a relação pretendida da organização com seu ambiente. [...] Compreende a tomada de decisões sobre o padrão de comportamento que a organização pretende seguir.
Cavalcanti (2008, p. 98) nos apresenta o seguinte conceito de PE:

O planejamento estratégico refere-se ao processo pelo qual a empresa, no marco de uma definição de propósitos, de princípios e de um diagnóstico de capacidades e condições colocadas pelo ambiente em que se encontra, analisa alternativas possíveis para decidir que tipo de estratégica de longo prazo adotará na busca do alcance de seus grandes objetivos [...].

O Planejamento Estratégico é de vital importância, pois ajuda a identificar pontos fortes e fracos, bem como possíveis oportunidades e ameaças existentes; apresentar objetivos e estratégias que contribuam para o êxito da empresa com a melhoria dos seus resultados. Com boas informações sobre os eventos que afetam o ambiente, identificando as principais tendências de riscos e oportunidades de negócio o PE é uma ferramenta indispensável para se programar e conduzir o futuro da empresa orientando o andamento das ações necessárias para a consecução dos bons resultados gerenciais.

Maxwel Barbosa é Administrador, inscrito no CRA-PB 4415, com experiências em elaboração e gestão de projetos, no setor imobiliário, setor gráfico, consultor em administração e negócios.